Então... é natal!



Ah... o natal! Muita comilança, família reunida, incremento do comércio local e aquele adorável sentimento de solidariedade, compaixão, culpa e ansiedade por redenção. É a síndrome do natal, brôu!

O cara passa o ano inteiro dizendo “Não tem nada, não” quando abordado no semáforo, ou quando o mendigo conta a trágica e decorada história da sua mulher doente e dos dezessete filhos famintos e pede por comida, dinheiro, ou os dois. Mas no natal tudo é diferente! Sim! O espírito natalino contagia e subitamente as pessoas ficam solidárias, fazem doações, são gentis umas com as outras e perdoam a quem nos tem ofendido... como se esse período de bondade resignasse toda a sacanagem que aprontaram durante o ano, da moedinha que regularam pro mendigo e da murrinhagem com o pão velho que fizeram torrada ao invés de dar pro cara dos dezessete filhos.

Basicamente... é um período de solidariedade e sentimentos bacanas para compensar um ano inteiro de pecado?

Eu não estou querendo ditar comportamento de ninguém. Se você acha que não é legal dar moedas no semáforo por que incentiva a esmola, ou prefere fazer torrada com o pão velho, tudo bem. Cada um tem a sua opinião a respeito de como deve (ou se deve) ser solidário. Agora o que eu me questiono (e por vezes isso me irrita) é o porquê desse excesso de bondade justamente no natal? Se você curte ações de caridade, por que não faz o ano inteiro?

Tem umas ONGs que fazem um mutirão para arrecadar brinquedos e doar para as crianças dos bairros pobres no natal. Bacana. O moleque tá anêmico, sem comer direito, cheio de verme, mas agora tem o bonequinho do Ben 10! Por que esse mesmo pessoal não se reúne para distribuir presentes nos aniversários das crianças? Ou quem sabe uns livros, material escolar... Quem sabe uns alimentos, remédios. Ou ainda, ao invés de coisas materiais, que tal prestar uns serviços? O maluco ali que é dentista vai ver como que tá a boca da molecada, o outro é médico dá uma olhada nos idosos, a professora dá um reforço escolar ali, e por aí vai... Para mim isso é ação solidária, não distribuir carrinho e boneca na época de natal para aplacar seu sentimento de culpa.

Engraçado é que estamos sempre em débito né? Há um sentimento de culpa constante nos rodeando, como se estivéssemos devendo, especialmente nessa época. Há uma cobrança em ser solidário. Imagine alguém negando um prato de comida à um pobre que bate à porta da casa na noite de natal. Uma cena forte né? Só por que o cara negou o ano inteiro, agora se ele der no natal vai se redimir. Mas redimir do quê? Como se a culpa dos desafortunados do mundo fosse sua, ou minha, ou dele. E pior ainda: como se essa culpa fosse se dissipar com boas ações praticadas nesta época. Mas só as desta época, do resto do ano não conta.

Como disse, não vou ditar comportamento de ninguém. Só que é bom sermos coerentes em nossas ações. Fazer o bem não deve ser algo pontual, mas contínuo. Quem se dispõe a dar uns trocos no semáforo, que o faça. Quem se dispõe a dar um prato de comida, legal também. Quem quer fazer parte de uma ONG e mudar o mundo, bacana, tiro o chapéu! Mas isso não deve ser em uma determinada época, para resignar seus pecados ou esperando uma retribuição divina.

Enfim, acho que independente da crença de cada um, não se pode negar a existência de Jesus, seja ele filho de Deus, um profeta, filósofo ou um maluco beleza com idéias bacanas. O importante é não esquecer o que ele disse, em uma época em que se cortavam mãos de ladrões e apedrejavam mulheres:
“Vamos ser legais uns com os outros, pra variar.”

Fazer o bem não faz mal. Sejamos coerentes...

O peculiar caso de amor de Juca

O Juca era um dos caras mais sossegados que eu conheci. Gente boa toda vida, se dava bem com todo mundo. Não era assim um galã, pegador nem nada – mesmo por que era mais tranquilão, menos adepto da “vida loca” – mas bem que havia algumas meninas no pé dele. Sempre saía com umas gurias e vez ou outra aparecia de namorada nova. Mas dali a pouco sumia com a menina.

- Ah não sei cara... A guria tem uma cabecinha pequena, sabe? Não agüento essas coisas... – reclamava o Juca.

O problema dele, o que não era exatamente um problema, é que ele era exigente com mulher. A guria podia ser uma princesa, corpão e tudo mais... mas se não tivesse umas idéias massa, soubesse conversar, tivesse alguma postura crítica, o Juca não agüentava! Ah, mas ele terminava mesmo! Aposto que ele foi daqueles nerds gente-boa no colégio. Mas ele também sempre teve rolo com umas meninas meio bobinhas. Um dia eu dei a dica pra ele:

- Juca, rapaz! Você precisa de uma menina mais velha!

Foi aí que ele começou a ficar mais esperto. Aí não teve pra ninguém. A mecânica era simples: meninas mais velhas queriam caras inteligentes. O Juca, cabeça feita que era, chega com sua conversa politizada e pronto! Não tinha pra ninguém mesmo. Mas a fase garanhão durou pouco.

Eu disse. O Juca é um cara sossegado, não gosta muito de bagunça. Logo achou uma menina que era a cara dele! Ele a conheceu numa festa da faculdade, e ficou a noite inteira conversando com ela. A Ju era top demais! Nossa veterana mais gata, o sonho de consumo de qualquer calouro bobo. E olha que muita gente já alugou aquela guria! Os caras mais galãs, os mais playboys, os mais endinheirados... e todo mundo só levando toco! Não é que o Juca, com toda sua magreza e desengonçadez, chegou lá e trocou a maior idéia com a guria?
Acabou que os dois ficaram, se curtiram tanto que saiu namoro dali! Ju e Juca, o casal mais bacana da faculdade!

Aqueles dois eram um grude. No bom sentido, claro. Saíam juntos, estavam sempre nas festinhas da turma, bagunçavam e se divertiam numa boa! Eu nunca vi aqueles dois se desentenderem. Aliás, uma vez só, quando ele disse que não gostava dos filmes do Almodóvar e ela ficou fula da vida! Bom, mas eles e seus gostos cults que se entendam.

O Seu César e a Dona Amélia, pais do Juca, adoravam a menina! Acho que ela tinha um lance de carência afetiva nessa parte, saca? Ela é do interior de São Paulo e morava só com a mãe aqui. Diz ela que seus pais se separaram muito cedo, nem chegaram a casar mesmo, e ela nunca conheceu o pai. E lá na cidade dela era sempre ela e a mãe dela. Aí aconteceu que a Ju passou no vestibular aqui e veio morar sozinha em uma república. Acho que ela acabou suprindo essa falta dos pais com a família do Juca. Claro que isso não era problema nenhum, afinal os pais dele adoravam a guria e ela amava os sogros!

Sei que o namoro foi ficando sério e tal... E a Ju queria por que queria que a mãe viesse passar um feriado para conhecer os pais do Juca. O cara ficou meio griladão, lógico. Pô, apresentar as famílias é um grande passo, né! Mas depois passou o grilo, afinal eles estavam sério, e ele gostava dela, e ela dele... enfim!

- Manda sua véia vir que eu vô dar o alô pros meus véio!

No próximo feriado que teve a mãe da Ju veio, segundo ela, toda faceira conhecer o namorado da filha e os pais dele.

A Dona Amélia, super empolgada que era, preparou um baita almoço para receber a Eulália, mãe da Ju. O Seu César ficou mais ressabiado, afinal o filho dele tava muito novo para namorar tão sério e blábláblá. Aquele papo de pai ressabiado com namoro do filho com menina mais velha. Mas acabou aceitando e curtindo a ocasião.
No grande dia todos se surpreenderam com a “Dona” Eulália: Uma bela mulher recém-chegada aos seus quarenta anos. Cabelos com luzes, óculos escuros, roupas da moda e um bronzeado nos trinques. Expansiva que só ela, Eulália chegou abraçando todo mundo, falando alto e conversando numa boa. A Dona Amélia adorou o jeito enérgico e espontâneo da Eulália, e foi super receptiva. Só o Seu César que continuava ressabiado no canto dele.

O almoço correu tudo muito bem! A Dona Amélia empolgadíssima, a Eulália adorando os sogros da filha, a Ju e o Juca faceiros que só! E o Seu César ressabiado.

- César, você não é o César Fonseca, do colégio Santa Gertrudes de São Paulo? – indagou Eulália subitamente.
O Seu César pulou na cadeira, engasgando com a comida e gaguejando.
- Ué! Vocês se conhecem? – perguntou Dona Amélia.
- É você mesmo Césinho! Há quanto tempo! Quem diria você por essas bandas!
- Er... É... Bem que eu tava te reconhecendo de algum lugar... hehehe – Seu César parecia mais sem graça que televisão no domingo. – Acho que foi... no científico que estudamos juntos não foi?
- É! Acho que sim! Ah... bons tempos não é mesmo?

Bom, isso foi um episódio pontual, porém de suma importância. Daqui pra frente a conversa tomou o rumo do saudosismo. “Ah como era bom no nosso tempo!”, “Ah, antigamente isso... antigamente aquilo...”.

Almoço. Sobremesa. Cafezinho. Preguiça.

- Gente, acho que vou pro apê da Ju dar uma descansada e curtir minha filhota um pouco! – despediu-se a contente e sempre sorridente Eulália.

O Juca andava todo alegre pela casa, afinal apresentar as famílias não havia sido tão terrível assim. O foda foi à noite.
Lá estava o feliz e contente Juca vendo tevê no quarto, esticadão na cama. Ali veio o ressabiado e encolhido Seu César.

- Filhão, precisamos conversar... – disse ele entrando e fechando a porta.
O Juca já ficou de orelha em pé. Conhecia bem seu pai. Era sinal de bronca!

Seu César sentou na beirada da cama, ao lado do filho. Pousou a mão no joelho do menino e disse olhando nos olhos dele:

- Filho... Eu vou ser direto. – nisso os pais do Juca eram muito bons. Ser direto era com eles mesmos. Uma vez, quando era criança, o Juca tinha um cachorrinho que fugiu pra rua e um carro pegou ele enquanto o menino estava na escola. Quando o Juquinha chegou deu um beijo em cada um como sempre:
- Oi pai. Oi mãe. Tudo bom?
- Tudo bem sim filhão! Trabalhei o dia todo, seu cachorro morreu, e a tarde veio o técnico da tevê a cabo arrumar. Acredita que o canal de esportes não tá com o sinal bom?
- Meu cachorro morreu?! Como assim?!!
- Um carro passou em cima. Foda né, filho?

Bom, voltando ao que o pai do Juca tava dizendo para ele:

- Filho... Eu vou ser direto. Você tem que terminar seu namoro com a Juliana.
- Terminar meu namoro?! Como assim?
- Isso, terminar o namoro. Ela é sua irmã.

Seguiu-se um silêncio mórbido enquanto o Juca permanecia de boca aberta olhando para o além.

- Foda né, filho? – Seu César quebrou o gelo.
- Porra pai! – retornou subitamente de seu catatonismo momentâneo - Como assim minha irmã?
- Ah... Lembra que a Eulália disse que a gente estudou juntos no colégio?
- Hum...
- Pois é. A gente namorava.
- Hum...
- Daí sabe como é né... Acabou que escapuliu...
- Escapuliu?
- É. Que isso não sirva de exemplo, menino! Hoje tem camisinha, anticoncepcional, pílula do dia seguinte...
- Pai!!
- Ah, filho! Acontece! Foi antes de casar com sua mãe, claro! A Eulália era de família rica, eu era um pé rapado. Foi o maior barraco, ainda mais que era cidade pequena. Aí eu me mudei pra cá por que os pais dela não aceitaram nosso casamento. Mesmo por que eu não tinha onde cair morto. Por um tempo a gente se falou por cartas e ela até me mandou umas fotos da nossa filhinha. Ela me disse que ia se chamar Juliana. Eu acabei conhecendo sua mãe aqui e nunca mais falei com a Eulália...
- Mas pai... eu amo a Ju!
- Ah, Juca! Você não quer ser tio dos seus filhos, quer?

Claro que o pobre Juca não queria. Eca. O cara passou mal, vomitou, teve dor de cabeça, febre... Afinal, descobrir que estava amando, beijando e fazendo sexo com sua irmã deve ser de matar né? O Juca não sabia como contar para ninguém! E se fosse depender da sutileza mastodôntica do seu pai, tava lascado!

O guri passou uma semana mal, matando aula, sem falar direito com a Ju. Até que um dia a Dona Amélia, com a sensibilidade feminina necessária para perceber que o filho passava o dia todo trancado no quarto ouvindo Renato Russo, resolveu ir conversar.
Chegou ao quarto e sentou-se ao lado dele na cama. Colocou as mãos no joelho do filho e, olhando nos olhos, perguntou:

- O que aconteceu, filho?
- A Ju é minha irmã. – como se vê, ser direto é de família.

Passado o baque inicial da mãe, Juca contou o que seu pai tinha explicado a ele. Após ouvir tudo, Dona Amélia, sempre compreensiva, exibiu um largo sorriso materno aconchegante e ofereceu um abraço para o filho choroso. Abraçou-o bem forte e deixou o menino chorar um pouco em seus ombros. Em silêncio deitou-o em seu colo e afagou seus cabelos.

- Calma meu filho, calma... Se o amor de vocês for sincero e verdadeiro, não há problema em vocês continuarem juntos. E podem até casar, ter filhos, constituir uma família normal e feliz.
- Como assim, mãe?! Ela é minha irmã!
- Calma meu filho... – Dona Amélia afagou mais uma vez os cabelos do filho, virando-se para ele e olhando-o novamente nos olhos.
- Ela não é sua irmã.

Juca pensou ter visto nos lábios da mãe uma minúscula parte do que poderia ser um sorriso recheado de sadismo, quando então ela completou:

- Você não é filho do seu pai...

De fato, esse lance de ser direto é de família.
Foda, né?

Every day I love you less and less.



Saca a letra dessa música!
Da hora né?
o/
Romantismo total!

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Letra (tradução by Izaias)
"Everyday I Love You Less And Less"
(a cada dia te amo menos e menos)

Everyday I love you less and less
(mesma coisa do titulo)

It's clear to see that you've become obsessed
(tá na cara que você ficou obcecada)
I've got to get this message to the press
(e eu tenho que divulgar isso)
That everyday I love you less and less
(que eu te amo cada dia menos e menos)
And everyday I love you less and less
(e cada dia te amo menos e menos)
I've got to get this feeling off my chest
(tenho que arrancar fora este sentimento do meu peito)
The Doctor says all I needs pills and rest
( o dotô disse que tudo que eu preciso são umas pílulas e repouso)
Since everyday I love you less and less
(já que a cada dia eu te amo menos e menos)

Unless, unless
(a não ser que, a não ser que)
I know, I feel it in my bones
(Eu sei, tô sentindo nos meus ossos)
I'm sick, I'm tired of staying in control
(tô cansado, de saco cheio de estar me controlando)
Oh yes, I feel a rat upon a wheel
(ôuié! tô me sentindo igual um rato naquelas rodinhas)
i've got to know what's not and what's real
(eu tenho que saber o que é e o que não é real)
Oh yes I'm stressed, I'm sorry I digressed
(Ah é, estou estressado, foi mal se eu divaguei)
Impressed you're dressed to SOS
(impressionado que você se vestiu para chamar atenção)

Oh, and my parents love me
(Ó, e meus pais me amam)
Oh, and my girlfriend loves me
(Ó, minha namorada me ama)

Everyday I love you less and less
(cada dia eu te amo menos e menos)
I can't believe once you and me did sex
(não acredito que nós já transamos)
It makes me sick to think of you undressed
(Fico com nojo de imaginar você pelada) <--- pegou pesado iuahiuhaia
Since everyday I love you less and less
(já que a cada dia te amo menos e menos)
And everyday I love you less and less
(e a cada dia menos e menos)
You're turning into something I detest
(você tá virando um trem que eu tô detestando)
And everybody says that your a mess
(e todo mundo diz que você é meio locona)
Since everyday I love you less and less
(já que a cada dia eu te amo menos e menos)

Unless, unless
(A não ser que, a não ser que)

(daí repete aquele trecho de sentir nos ossos e talz)


Oh, and my parents love me
(meus pais me amam)
Oh, and my girlfriend loves me
(e minha namorada me ama)
Oh, they keep photos of me
(eles guardam fotos de mim)
Oh, thats enough love for me
(já tá de boa de amor pra mim)

(ae repete essa parte de novo)

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Falar que a guria dá nojo ele é bem escroto, mas tae uma forma diferente de se abordar o amor!
Nem tudo são rosas né...

Abraços!
o/

As fases de uma Forbaca



Este fim de semana estive em Goiânia para a festa de casamento de uma prima. Após alguns goles de uísque imergi em uma profunda e reveladora reflexão sobre este tipo de festa: as Forbacas.
Forbacas, como próprio nome sugere, são festas como Formaturas, Bailes em geral e Casamentos. Geralmente elas têm um cerimonial, um narrador descrevendo o que acontecerá a seguir e um dj ou banda tocando, praticamente, o mesmo repertório.
Podemos observar algumas fases claras e bem marcadas. Acompanhe:

- A primeira fase é a "Acomodação". É justamente quando você chega e se acomoda (dã!)na sua mesa. A banda ainda não começou a tocar ou o dj está tocando músicas propositalmente compostas para serem sem graças e servirem de som ambiente nesta fase da Forbaca, além de em consultórios médicos e salas de espera em geral. Até aqui você ainda tá todo arrumadinho, com o terno alinhado, a gravata certinha e o cabelo com gel impecável. As mulheres estão com os vestidos lisos, seco e arrumados, aqueles penteados criativos todos em pé, os cachos nas madeixas dos cabelos alisados bem enroladinhos e a maquiagem nos trinques. Aqui também você se empanturra com pães, presunto, queijo, patês e outras coisas típicas de café da manhã, além de salaminhos, azeitonas recheadas e outras coisas finas e elegantes que o buffê cobrou caro do dono da festa e você sequer sabe o nome, mas come. Afinal tem uma cara boa. E é de graça.

- A segunda fase é a "Protocolo". Aqui o papel do narrador é fundamental. E é a mais chata de todas, a não ser quer você seja o motivo da festa. Se for o caso, esta fase poderá ser menos chata. Neste momento chamam-se os formandos, ou a debutante, ou os noivos ou qualquer que seja o motivos da festa. Aqui acontecem discursos, falatórios, às vezes passam-se vídeos, tem gente chorando e a mulherada sensível começa a borrar a maquiagem. Costumam voar papéis picados, um pouco daquela fumaça fedorenta e um monte de gente em volta tirando fotos. Ao final desta fase, mais comumente em formaturas, toca uma música do Jota Quest ou alguma outra igualmente entusiasmante.

- A "Dança Típica" pode ocorrer durante a "Protocolo" ou depois. Costumam ser valsas. Valsa dos noivos, dos formandos, da debutante, da aniversariante e de quem mais quiser, ou não, dançar valsa. Vale observar que, embora raramente, a dança típica não é necessariamente uma valsa. Recentemente fui no aniversário de 18 anos de uma amiga, uma típica Forbaca, em que a dança típica foi um tango. Foi bem original e interessante. Sério.

-A seguir vem a rápida fase da "Pirralhada". Aqui a molecada engomada com terninhos apertados e vestidos enormes se divertem na pista de dança. Eles pulam aleatoriamente, batem-se uns nos outros, catam os papéizinhos do chão e jogam nos outros. Geralmente um deles sai chorando. Enquanto isso os demais convidados costumam conversar e conhecer outras pessoas enquanto bebem. Esta socialização mediada por alcool é uma preparação para as próximas fases.

- A fase "Retrô" é bem típica. A alegria dos tiozões. Com música flashback você se diverte dançando com seus pais, tios e quaisquer pessoas acima dos 40 que, saudosamente, relembram dos seus tempos de discoteca. Esta fase também não é muito longa. Geralmente os tiozões são espantados pelas músicas de hoje em dia.

- Agora sim a boa fase da Forbaca! A fase da "Balada" é onde acontece os fatos mais inusitados e marcantes da Forbaca, que certamente serão comentadas a torto e a direito na próxima segunda feira. Aqui o nível alcoólico atinge o pico máximo. Aqui você dança e solta a franga. Os homens começam a chegar nas mulheres, alguns conseguem beijar, outros estão tão bêbados que não percebem que estão chegando na colega de faculdade/trabalho ou na tia da limpeza. Existem algumas etapas típicas desta fase:

-> Coincidente com a hora das músicas gays, são distribuídas aquelas firulas, como colares de pêlo colorido, óculos esdrúxulos, tiaras de anteninhas, gravatas coloridas e outros apetrechos que, fora de contexto, seriam muito ridículos. E dos quais você vai ficar constrangido de ter usado quando ver, sóbrio no dia seguinte, as fotos da Forbaca. Agora nas músicas gays, geralmente você se surpreende com algum amigo se revelando uma borboleta serelepe. Não que dançar YMCA, ou Macho Man usando perucas ou óculos coloridos te façam um viadinho. Afinal é preciso ser bem seguro de si para brincar desse jeito. Mas você vai sacar quando aquele seu amigo que fala fino se sentir suuuper a vontade dançando e rebolando.
-> A hora do funk é uma das mais divertidas. Você vai dançar e rebolar em coreografias rídiculas e mal executadas, afinal, muito provavelmente, você não tem a mínima noção de como rebolar sensualmente como aquela gostosa que te faz engasgar com a cerveja/uísque quando desce até o chão. E também é bem divertido saber que a nerd também dança até o chão com dedinho na boquinha.
-> Quando começam a tocar os forrós e sertanejos é uma hora de segregação. Se você sabe dançar vai tirar as meninas pra dançar, se encharcar de suor e perdera janta, que convenientemente para o buffê é servida agora. Se não souber dançar, vai acabar indo para a mesa se empanturrar de carne, frango e massas cheias de molho branco.
Ao final desta fase você já está consideravelmente chapado. Aqui é altamente recomendável comer alguma coisa. Se não o fizer, muito provavelmente sua próxima fase será o PT ( perda total, e não partido dos trabalhadores).

- A próxima fase, "Saudosa infância" ou também conhecida como "Retrô II - O Retorno", é o primeiro sinal de que a Forbaca está acabando. Aqui o DJ, ou banda, sadicamente toca músicas do balão mágico, de desenhos animados e da Xuxa. No começo pode até ser divertido, mas depois de um tempo dá no saco. E o DJ sabe disso.

- Uma das últimas fases é a "Batalha" ou também chamada de "Prelúdio do fim". O primeiro termo se refere à árdua batalha travada entre os bêbados empolgados remanescentes e persistentes, acompanhados de mulheres animadas e dispostas e "se acabar de dançar". O DJ ou banda começa a apelar para músicas típicas de fim de festa, chatas, antigas e/ou absolutamente sem graças. Aqui também ocorrem as chamadas "intervenções", onde os bêbados empolgados vão encher o saco do DJ para colocar músicas animadas. Geralmente uma última sessão de forró ou sertanejo acontece. E quem tinha ido sentar durante a primeira sessão, nesta geralmente se mostra um exímio dançarino. Ao menos naquele teor alcoólico ele acredita que sim.

- O "Tiro de misericórdia" é a última e derradeira fase. Aqui você, empolgado e determinado a ficar até o fim, é sumariamente derrotado. O Dj toca múscias compostas propositalmente para serem chatas, em um nível de volume cada vez menor. Quando há um toque de sadismo na pessoa por trás do botão play, rola uma nova sessão retrô. Enquanto as últimas músicas rolam, o DJ, na caruda mesmo, vai desmontando seu equipamento de som. Nesta fase é interessante olhar ao redor. O número de garçons cai drasticamente. O pessoal na cozinha começa a empacotar as taças. As panelas da janta são recolhidas. Os pais da noiva ou debutante ou formandos estão dormindo na mesa. Homens estão com as gravatas nas testas, ou atiradas em algum canto, camisa abertas, encharcados de suor e bebida que você derramou em si mesmo ou derramaram em você, com um olho mais aberto que outro e falando como se estivesse com anestesia na boca, trocando palavras e chamandos pessoas pelos nomes errados. Aqui as mulheres, que gastaram horas no cabelereiro e salão de beleza, já estão com os pés pretos de sujo, vestidos levantados, cabelos zoados e maquiagem esculhambada. É interessante comparar fotos desta fase com a da "Acomodação", é incrível como algumas pessoas parecem que foram surradas ou atropeladas por bitrens carregados de cerveja.

Enfim as luzes se acendem, a música acaba e alguém educamente o manda cascar fora. E você, alegre como nunca, sai todo empolgado, convicto que se divertiu para caramba e mal sabe quantas surpresas o aguardam quando as memórias perdidas durante a festa emergirem do fundo de sua mente alcoolizada.

E assim se conclui uma boa Forbaca: no dia seguinte, com uma dor de cabeça, um belo gosto de cabo de chuva azedo na boca e com a constatação de aquele tubinho com líquido fluorescente vazou no bolso do seu paletó.

o/

Retorno de Saturno

Era uma vez um guri. Como outros tantos, queria ser piloto de fórmula um. Adorava ver as corridas, brincava com carrinhos e corria pela casa com um capacete de moto, fingindo ser o Ayrton Senna. Até que um dia o Ayrton Senna morreu. E o guri passou a considerar essa uma profissão bem arriscada. E achou melhor mudar de idéia.
Depois já quis ser piloto de avião, astronauta, policial... Mas acabou crescendo e precisando pensar em uma profissão de verdade. Afinal, em acidentes de avião não sobra um vivo. Nem o piloto! Astronauta? Pffff...! E policial? Ah, depois ele cresceu mais e viu que nem queria tanto assim...

Havia decidido ser professor! Gostava de estudar, vivia no pé dos professores perguntando sobre o que não havia sido dito na sala. Trocava qualquer prova para apresentar um trabalho lá na frente, para toda sala! Isso! Seria professor! Sem riscos, sem perigos e fazendo o que gostava.
Até que o guri cresceu mais um pouco e passou a ser também um vestibulando. Era hora de fazer uma escolha.

A esta altura já aprendera a seguir os conselhos dos pais. Afinal eles viveram mais, sabem das coisas. E nós não precisamos cometer os erros que eles cometeram. De tanto escutar estes conselhos, acabou achando que ser professor não era uma boa idéia. Ganhava pouco, trabalhava muito. Não dava futuro. Afinal não adianta seguir uma paixão que não dá futuro, não é mesmo?
Quem sabe... vejamos... Tem tantas opções na ficha de inscrição... Direito. É uma boa. Dá para fazer bons concursos. Afinal seus pais eram funcionários públicos, viviam bem, eram felizes. Ele também poderia ser. Um bom cargo em uma secretaria qualquer, com bom salário e segurança. Afinal ninguém pode despedir você, mesmo! É isso aí! Seria funcionário público.
Não era seu sonho de criança, nem sua grande paixão... Mas arrumaria tempo para bons hobbies!

Ah, agora era universitário! Orgulho do papai! E quando passou em um concurso no terceiro ano da faculdade? Nossa, os pais ficaram inchados de orgulho! Até carro ele ganhou. Agora trabalhava de dia, estudava a noite. Já começava a ter seu próprio dinheiro. Tinha carro. Já era assistente de alguma coisa em uma secretaria qualquer. Fazia uma moral com as meninas. Dava uns beijos aqui... Outros ali... Era um gurizão bonito. Não ficava sozinho.

Até o dia que conheceu uma guria. Não uma qualquer. Mas a que ele realmente desejou. Quem ele realmente quis. Aquela guria era diferente das demais. Seu beijo, sua conversa, o sexo, o carinho... Não achava nada igual nas outras gurias. Aliás, elas ficaram tão sem graças depois disso! Ah... ele estava apaixonado!

Mas sabe como a vida é, né... Aconteceu alguma coisa ruim com eles. Acho que ele fez alguma coisa que não devia, daí ela agiu de um jeito que não queria, e ele acabou falando o não podia. Alguma coisa assim. E eles acabaram se afastando.

Mas ele continuou apaixonado. E ela também por ele. Mas não se falaram. Sentindo-se tão maduros sentimentalmente quanto jamais seriam, decidiram que seria melhor assim. Ambos de coração partido se afastaram. Ainda sentindo falta um do outro.
Bem que o guri tentou algumas vezes se reaproximar. Mas ela não demonstrava, naturalmente, clara e escancaradamente o que sentia. Ela estava magoada, e também fazia dos seus joguinhos. Mas ele desistiu rápido. E foi procurar nas outras o que havia nela.

Claro que não encontrou. Nenhum beijo, nenhuma conversa, nenhum sexo e nenhum carinho eram iguais. Alguns beijos bons com conversas fúteis e irritantes. Alguns sexos intensos sem um pingo de carinho. E cada vez que se frustrava em encontrar em outras meninas o que tinha naquela guria, se sentia mal. Foi então que parou de procurar.

Mas sabe como a vida é né... Como era de se esperar, apareceu outra guria. Essa era bem bonita. Beijava até que bem. E até que conversava legal. Com ela até que rolava um sexo gostoso. E até que era bem carinhosa. Até que era uma boa pessoa para se estar junto. Mas ainda não era como com aquela guria. Afinal era outra, né... Mas ele se encheu de esperanças de que um dia seria com a outra tão bom quanto era com aquela.

A esta altura já estava formado. Estudava com afinco para passar no concurso de fiscal não sei de quê em uma secretaria qualquer. Era um ótimo salário, com bons adicionais.
Assim foi. Seguindo o conselho de seus pais, sobre ser um funcionário público, passou no concurso e assumiu. Seguindo o conselho sobre ser melhor estar com alguém que gosta mais de você do que você da pessoa, se casou com a outra guria. E com o passar dos anos acabou se esquecendo daquela guria. Aliás, esquecendo não. Apenas não se lembrou mais.

Os anos passaram.
Um dia, quando o guri já entrava nos seus trinta anos, lá pelas três e pouco da tarde de uma quarta-feira, deixou-se cair tediosamente na sua poltrona. Seus olhos se perderam em um ponto qualquer na parede branca de sua sala. E ali, em frente a um monte de papéis de processo jurídicos odiosos, olhou em torno de sua própria vida.

Estava bem casado, com uma mulher que o amava. Tinha um filho que amava. Uma bela casa, de fazer inveja em muita gente. Viajava duas vezes por ano, trocava de carro uma. Tinha um trabalho importante. Diabos, por que esta inquietude?!

Foi quando se deu conta de que não tinha paixão pela sua mulher. Nem pela casa, nem pelas viagens e nem pelos carros. Muito menos por aquele emprego! Todos os dias em que chegava ao escritório já pensava na hora de ir embora. Odiava as três horas, porque era a que mais demorava a passar. Odiava-se por não estar lecionando. Ou correndo de fórmula um, ou pilotando aviões, ou em foguetes ou indo atrás de bandidos.

Odiava não ter paixão em absolutamente nada em sua vida.
Odiava ainda mais ter encontrado aquela foto que estava em seu monitor.
Odiava a casualidade que o fez encontrar aquela foto na internet.
Na foto aquela guria abraçada com um homem. E ambos com anéis dourados nos anulares esquerdos.
Aquela guria que ele amou, aquela por quem sentia paixão. Casada, claro. Por que não casaria? Bonita e inteligente. Não deve ter sido difícil encontrar um homem que gostasse mais dela do que ela gostava dele.

Estava ali, sorrindo na foto. Um sorriso parecido com o que ele próprio sorria quando estava com sua esposa. Um sorriso incompleto. Completamente diferente de quando sorriram naquela outra foto em que estavam juntos.

Talvez ela também estivesse se sentindo incompleta neste momento. Talvez também sentisse que quem o completava não lutou. Talvez, ainda, também achasse que ela devesse ter facilitado um pouco as coisas.

Foi então que ele quis desesperadamente voltar no tempo. Quis fazer tudo diferente. Quis ter feito outras escolhas. Quis ter escolhido suas paixões. Quis ter aceitado os riscos.

Mas apenas quis. Por que quando se deu conta já eram seis horas e tinha que voltar para casa.



Crônicas Testosterônicas - Telefonema



-Alô?

- Oi amor!
- Ah, Gabi! Tudo bom, linda?
- Tudo Edu, e você lindinho?
- Também...
- Ai! Que raiva daquele professor! Acredita que eu vou ter que fazer exame por causa de três décimos?
-Hã...
-E uma matéria chata do caramba! Ele não fala nada com nada!
- Hmm..
- Eu não entendo nada que ele diz!
-...
- E ainda tem um monte de trabalho para entregar essa semana!
- ...
- Edu! Você ta aí?
- Ué. Tô!
- Ah! Fica aí só resmungando “ah, hmm, hã...”.
- Mas é que...
- Onde você está?
- Em casa...
- Ai Edu! Mentira! Você ta com alguém né?
- Gabi... você não ligou no fixo?
- É mesmo...
- Que coisa!
- Ah, mas você está estranho no telefone...
- Ah... Eu não gosto muito de telefone.
- Você não gosta de falar comigo?
- Não, linda... mas é que o telefone... sei lá... prefiro falar ao vivo.
- Hunf.
-...
-...
- Que foi?
- Que foi o quê?!
- Ué, você ficou quieta de repente!
- *suspiro*
- Que que foi?
- Nada, Edu! Nada! Não foi nada, ta?!!
- Ah ta... Vô ali tomar um banho, ta?
- Ah, vai me deixar aqui assim?
- Assim como, mulher?! Eu acabei de perguntar se aconteceu alguma coisa! Você disse que não foi nada!
- Ai, vocês homens são todos iguais!
- Ah, então por que vocês escolhem tanto?
- Insensível!
- Mas...
*tu....tu....tu...*
*telefone toca*
- Alô!!
- Não acredito que você desligou na minha cara, Gabi!
- Você tava merecendo, grosso!
- E posso saber por que sou grosso?
- Ah! E ainda pergunta! Será que não vê que é por que...
*tu... tu...tu...*
*telefone toca*
- Alô!
- Edu, seu ignorante! Você desligou na minha cara!!
- Ah, viu como é bom?
- Grrrr... seu grosso!
- Doida!
-...
-...
*suspiros*
- Ta bom, vai... desculpa, Du... Eu to meio estressada...
- Ah, desculpa eu, mor... Às vezes sou meio ogro assim mesmo. Mas sabe que eu não sou chegado nesse lance de muito telefone.
- É eu sei... vou tentar me controlar.
- Eu também vou tentar não ser tão grosso.
- Ahh... que lindo. Você não é grosso!
- Ah, você também não é doida!
- Ah... te amo lindinho!
- Ah... eu também!
*oooun*
- Ta bom lindo, eu vou deixar você tomar seu banho, ta?
- Então ta. Vou passar aí depois pra gente ir fazer um lanche. Aí você me conta o que rolou na facul, pode ser?
- Então, ta! Combinado!
- Então beijo, linda!
- Beijo...
- er... tchau...
- Ahh... desliga você primeiro vai...
- Ta. Tchau. Beijo.
*tu...tu...tu...*
*telefone toca*
- Alô?
- Seu grosso!!!!!
*tu...tu...tu...*
- Mas que diabo! Calma... que dia é hoje mesmo? Hmmm... dia de tpm. Normal... Hum... onde será que a empregada guardou as toalhas limpas?

Mesa de cabeceira.

Eu sou um cara materialista.

Não materialista no sentido comum, de um cara que só dá valor às coisas materiais, às marcas e grifes. Aliás, esse tipo de materialista eu não sou mesmo...
É aquele materialismo em que você é apegado às coisas que te trazem lembranças, que estiveram com você em algumas situações. Sei lá... coisas que você tem na mesa de cabeceira. Um porta-retrato, um incensário, algum enfeite. Tem as coisas menos comuns, como conchinhas de praia, abajur, camisetas, pingentes, cartões, livros e por aí vai...

Dar valor a estas coisas, e guardá-las com carinho carregando-as de lembrança e valor, é ser materialista. Ser apegado ao mundo material. E isso eu sou mesmo! E muito apegado ao mundo material. Afinal estou seriamente desconfiado que é só este mundo que existe.

Mas sobre existir outro mundo ou não, isso é outra história. Estou falando daqui, das coisas que te lembram do que você passou. Eu, por exemplo, sempre guardo tudo quanto é tranqueira que ganho. Tranqueiras carinhosamente falando, é claro!

As coisas que você mais gosta, que te fazem lembrar os melhores momentos, geralmente ficam em um lugar que você vê com frequência. Eu as deixo na minha mesa de cabeceira. Como não cabem todas, as outras eu deixo nas gavetas, para sempre que puder dar uma olhadinha.

O único problema (e esse é foda) é que você não escolhe que lembranças associar à determinada coisa. De repente tem um efeite da sua namorada ali na mesa, mas daí vocês terminam aos tapas e você fica chateado. Aí, claro, aquele enfeite não vai te lembrar de coisas boas, mesmo que na ocasião tivesse sido um ótimo momento. Ou aquele livro que você ganhou do seu amigo, mas o filho da mãe foi lá e, sei lá, pegou a mina que você era apaixonado desde a 5º série. Você nunca mais vai ler o livro, mesmo que seu amigo o tivesse dado de coração.

Quando algo drástico assim acontece, e más recordações ficam impregnadas em um objeto em particular, você não quer mais ele ali. Alguns resolvem juntar tudo num saco e botar pro lixeiro levar, outros levam para algum terreno baldio e ateam fogo. Tem ainda os que jogam tudo pela janela enquanto gritam desesperada e histéricamente o nome da pessoa. Mas esta última reação é mais comum em mulheres louc... digo, veementes. Sem ofensas.

Eu, particularmente, prefiro guardar. Talvez em uma caixa, e colocar no alto de algum armário que eu não abra com frequência. É uma forma de preservar o que há de bom naqueles objetos. E ao mesmo tempo de me preservar de vê-los expostos da minha mesa de cabeceira, onde foram teimosamente impregnados com as lembranças ruins.

No final das contas fazer uma faxina na mesa de cabeceira é um símbolo de renovação. Deixar o passado para trás, seguir em frente. Afinal, aquele espaço da mesa poderá então ser ocupado novamente.

É assim que funciona...

E você? O que tem na mesa de cabeceira?
=D

Filme a prestação

Uma coisa q eu não curto é isso: ver filme à prestação.

Essa é uma das desvantagens de ter tv à cabo. Nada como o conforto de começar a assistir um filme quando é conveniente, e se você tiver algo para fazer, é só pausar!
Agora na TV não. De repente você tá lá de bobeira, depois do almoço por exemplo, ae liga e tá passando aquele filme fera que você tava louco para ver. Só que já começou tem um tempinho, mas as cenas de ação são do jeito que vocêgosta! Ae você começa a assistir mó empolgado! Caramba, que filme massa! Putz o que vai acontcer agora?
Surpresa... já eh quinze pras duas e você está atrasado para a aula a tarde. Você até tenta se trocar ou escovar o dente na frente da tv, mas vai acabar é melecando o chão de pasta. Não sei pra que insistir. O filme não vai acabar enquanto você escova escova os dentes, né?

Passa mais um ou dois dias você liga de novo, já a noite, e lá está o bendito filme! Mas agora é outra parte. O herói já está todo arrebentado vai se bater com o grande vilão. Ae você saca que essa é a última parte do filme, afinal confronto finais são típicos de final, como o nome da situação sugere. Dã.
Ok, mó pancadaria, acrobacias e tudo mais. Só que você não entende direito as frases de efeito, por que elas se referem ao começo do filme, que você ainda não viu. O filme acaba e você fica de cara por não saber por que diabos o herói tava tão puto com o vilão. E quem é aquela mulher de quem eles falaram tanto??

Subitamente, quando menos esperar, quando estiver de bobeira, passando pelos canais, se depara com o o bendito filme. Uau! Desta vez está nos créditos iniciais! Aí sim você entende que o vilão matou a namorada do herói, por isso ele ficou puto e matou todo mundo. Essa é a hora em que você aquela cara tipo "Aaaahh... então é por isso!"
Mas dessa vez você tem tempo sobrando. Só que quando chega nas parte que você já viu, o filme fica chato. Ae lá vai você mudar de canal e começar a ver outro filme que já começou.

É um ciclo vicioso. Sério. Eu mesmo levei três semanas para ver missão impossível 3. Mas a pior experiência aconteceu esses dias.

Desde que a Fabi me disse que Clube da Luta é ótimo, eu fiquei super afim de ver. Sabe quando alguém te conta sobre o filme com tanto ânimo que dá vontade de ver também? Pois é... Foi tipo isso. Aí começou assim... um dia vi um pedaço, outro dia vi outro. E pô, o filme é bom mesmo! Fique empolgado. Depois de ver dois ou três pedaços, um dia acabeipegando o final.

¬¬

Que bosta. Acabei descobrindo que os dois caras são a mesma pessoa, sem nem entender todo o filme! Oras, eu não sabia nem por que ele morava naquela casa toda fudida!
Sabe aquela cara de besta que você fica quando alguém te conta o final de um fime massa que você ainda não viu, mas tava louco pra ver? Pois é... foi tipo isso.

Agora eu noto o quão prática pode ser uma revista com a programação do mês.

Loucura, né?

Papo baum

(L)AmAnDiNhA!!! (L) diz:

E aeee guri!

(L)AmAnDiNhA!!! (L) diz:

Td bein? X)

\o/ Markaum \o/ _ De feeerias! Uhull! diz:

E ae minina! Tô de boua e vc?

(L)AmAnDiNhA!!! (L) diz:

Tô bein tbm...

(L)AmAnDiNhA!!! (L) diz:

Q anda agitandu ae nas férias?

(L)AmAnDiNhA!!! (L) diz:

Ta td empolgadinhu ihhihihih

\o/ Markaum \o/ _ De feeerias! Uhull! diz:

Ah... to de bobeira! Uma paradeira totaaaal! E vc meo?

(L)AmAnDiNhA!!! (L) diz:

Afff... ando fazendo nadaaaaa! A cidade fica muito para nas férias neh? Todo mundo viajandu e eu aqui... Até meus pais viajaram

\o/ Markaum \o/ _ De feeerias! Uhull! diz:

ué... pq vc naum foi?

(L)AmAnDiNhA!!! (L) diz:

Ah nem pah! Foram visita uns tio véio lá no interior... nem pah !

\o/ Markaum \o/ _ De feeerias! Uhull! diz:

Pior neh... Mas vc ficou sozinha?

(L)AmAnDiNhA!!! (L) diz:

pRa vc ver! =~~ fui abandonada aqui, taum sozinha, taaum carenti

\o/ Markaum \o/ _ De feeerias! Uhull! diz:

Putz, q foda meo

(L)AmAnDiNhA!!! (L) diz:

Eh...

(L)AmAnDiNhA!!! (L) diz:

Oq vc faz qndo vc ta sozinho?

\o/ Markaum \o/ _ De feeerias! Uhull! diz:

Ah... a gente se vira como pode ne! Acaba arrumando umas coisinhas pra fazer!

(L)AmAnDiNhA!!! (L) diz:

Hihihihihihihi x)~

\o/ Markaum \o/ _ De feeerias! Uhull! diz:

Uheuheue To até com calo nos dedos

(L)AmAnDiNhA!!! (L) diz:

Aai credu!

\o/ Markaum \o/ _ De feeerias! Uhull! diz:

Ah para! É moh bom! Vai dizer q vc naum curte?

(L)AmAnDiNhA!!! (L) diz:

Aah...

\o/ Markaum \o/ _ De feeerias! Uhull! diz:

Ah vai, eu sei q minina tbm curte essas coisas...

(L)AmAnDiNhA!!! (L) diz:

Eh! X)~

(L)AmAnDiNhA!!! (L) diz:

Mas a gente naum sai falandu assim ihihihiihih

\o/ Markaum \o/ _ De feeerias! Uhull! diz:

Ah nem dah nada! Mas eh mto melhor qndo tem alguém junto ne? Sozinho eh meio deprimente...

(L)AmAnDiNhA!!! (L) diz:

Ah... mas se vc quiser chega vem pra cá q a gente faz essas “coisinhas” juntos

(L)AmAnDiNhA!!! (L) diz:

Ihihihhi

(L)AmAnDiNhA!!! (L) diz:

Naum ta afim?

\o/ Markaum \o/ _ De feeerias! Uhull! diz:

OPA! SERIAUM? POR MIM ROLA DEMAAAAIS

(L)AmAnDiNhA!!! (L) diz:

Hihihihihi x)~~ Eh soh vir aqui em casa...

\o/ Markaum \o/ _ De feeerias! Uhull! diz:

Demorô meo! Vc quer q eu leve o console?

(L)AmAnDiNhA!!! (L) diz:

Hã?

\o/ Markaum \o/ _ De feeerias! Uhull! diz:

O play2 pô! To com uns jogo mto foda aqui! A gente pode joga até dar calo iahiuahiuhauiha

(L)AmAnDiNhA!!! (L) diz:

Afffeeeee!

\o/ Markaum \o/ _ De feeerias! Uhull! diz:

Q foi?

(L)AmAnDiNhA!!! (L) diz:

¬¬

(L)AmAnDiNhA!!! (L) diz:

Ai guriii!

(L)AmAnDiNhA!!! (L) está offline. As mensagens enviadas serão entregues quando esse contato entrar

\o/ Markaum \o/ _ De feeerias! Uhull! diz:

Amandinha?

\o/ Markaum \o/ _ De feeerias! Uhull! diz:

Volta aqui meoo! Vc vai curtir os jogos!

X As seguintes mensagens não puderam ser entregues aos destinatários:

\o/ Markaum \o/ _ De feeerias! Uhull! diz:

Amandinha?

.

X As seguintes mensagens não puderam ser entregues aos destinatários:

\o/ Markaum \o/ _ De feeerias! Uhull! diz:

Volta aqui meoo! Vc vai curtir os jogos!


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Esses gurizão novo... tsc tsc...

Crônicas Testosterônicas - "Eu sei onde estamos!"

Um Astra cruzava com velocidade uma larga e mal iluminada avenida de Campo Grande, Mato Grosso do Sul. No banco do passageiro uma bela mulher se maquiava, pintando o contorno de seus belos olhos azuis através do espelho do carro. O motorista – um homem de porte atlético, cabelos negros e olhos castanhos – vinha dirigindo com uma mão no volante e outra no câmbio, em seu semblante uma expressão fechada.

O carro aproximava-se de um cruzamento. A mulher, sua namorada, sem interromper sua maquiagem, comentou:

- Se virarmos... Er... Se virássemos a direita naquele cruzamento...

- Volte a se maquiar, Gabi. – Interrompeu rudemente Edu.

- Mas aquele é o caminho para o cinema...

- Eu sei o caminho para o cinema!

- Ai, ta bom... Vamos ver então...

- Hunf!

Edu, macho de respeito que era, jamais admitiria estar errado sobre o caminho para o cinema. Afinal, aquele caminho era...

- Um atalho!

- Ah sei... – disse Gabi, algum tempo depois de ter certeza de que estavam perdidos – E por que este atalho é mais longe?

- Oras, quem disse q é mais longe?

- Ué Edu! Desde a hora que saímos em casa já deu tempo de chegar três vezes ao cinema! Que raio de atalho é esse?

- Um atalho meu, diabo! Pode parecer que demora mais, mas é muito mais curto!

-...

- Que foi, Gabi? Que cara é essa?

- Você está enrolando! Um atalho que demora mais, mas é mais curto? Onde já se viu?

- Aqui ué... Você ta vendo!

- Admita que nós estamos perdidos, Edu!

- Não estamos! Que coisa chata! Eu sei onde estamos!

Gabi olhou pela janela. Ruas que nunca vira antes, mal iluminadas e desertas. Construções velhas e abandonadas, muros pichados e latas de lixo viradas e mexidas por animais de rua. Definitivamente, não estavam mais no centro.

- Ram! – resmungou ela – E onde estamos, Sr. Edu?

- Oras! Onde devíamos estar!

- Grrr! Você me irrita!

Edu apenas a olhou de soslaio, indiferente à reação da moça que, brava, cruzou os braços. Passados alguns minutos Gabi pulou do banco apontando pela janela.

- Ali! Já passamos por esta praça antes! Tenho certeza!

- Dejà vu!

- Como assim?

- Oras, Dejà vu... Você acha que já viu aquela praça, mas é só impressão sua!

- Pela terceira vez?

- Ué... que que tem? Acontece ué!

- Grrr! Edu!

- Ah! Sossega Gabi! Já estamos chegando!

Bufando de raiva a moça volta a se ocupar com sua maquiagem, indignada com a teimosia do namorado.

Aos poucos a paisagem do subúrbio ia ficando mais feia. Alguns mendigos aglomeravam-se nas ruas em torno de latões com fogo.

- Ai Edu... Tem um monte de gente estranha lá fora! – disse amedrontada Gabi.

- Oras! Você é muito preconceituosa!

- Eeeu?

- É! São mendigos! Gente passando necessidade, sabia?

- Credo... Eu sei, mas por quê esse sermão agora?

- Para você ver como sua vida é boa! Por isso vim por esse caminho, para te mostrar como a vida é! Para não reclamar da sua vida e...

- ...

- E não adianta fazer essa cara de brava!

- Brava não! Eu to puta com você, Edu! Aaaaaah! – Gabi agarrou irritada seus próprios cabelos – Admita logo que você se perdeu!

- Não! Não estamos perdidos!

- Ah! Uma loja de conveniências! – Gabi se entusiasma apontando pela janela – Vamos parar e perguntar o caminho!

Edu fita sua namorada com uma expressão indignada no rosto. Então pisa fundo no acelerador, roncando o motor do carro, deixando a conveniência para trás e firmando seu posto de macho de respeito.

- Isso é uma afronta! – grita Edu, totalmente indignado.

- O quê?

- Perguntar o caminho, oras! Eu nunca pergunto o caminho! Chego no inferno mas não paro para perguntar!

- Mas você não sabe onde estamos!

- Sei sim! No caminho para o cinema!

- Aff! – resmungou Gabi.

Ela abaixou o espelho do carro e apanhou o batom em sua bolsa. Enquanto passava em sua boca, resmungou em voz baixa.

- Não vamos chegar nunca ao cinema...

- Ah é?! – Indagou Edu revoltado.

Bruscamente o namorado, em um rompante de testosterona, virou o volante todo para a esquerda e puxou bruscamente o freio de mão. O carro rodou no meio da larga pista da avenida com os pneus travados e chiando. Gabi foi jogada contra a porta e se segurou onde pôde, abandonando o batom que lhe riscara o rosto pela bochecha até quase na orelha. No asfalto ficaram as marcas pretas de pneus e no ar uma densa fumaça de borracha queimada.

- Ah, não vamos chegar nunca?! – gritou Edu.

O indignado namorado engatou a primeira, pisou fundo no acelerador e continuou:

- Pois então nós vamos é para casa!!! – e então soltou o freio de mão.

O carro arrancou e saiu cantando pneus pela avenida, correndo agora em sentido oposto.

- Mas Edu...!

- E nada de “mas” !!!!

Edu seguiu com o semblante irado. Gabi de braços cruzados e revoltada. Os dois seguiram em silêncio o resto da viagem. Provavelmente ele até não soubesse tão precisamente o caminho que tomou, mas jamais admitiria isso. Não podia. Era proibido, era contra as regras do mundo masculino. Afinal, um macho de respeito que se preze jamais assume que não sabe o caminho. Pode ter que voltar para casa, morrendo de vontade de ver o filme, mas não assume!

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Mas não se animem não, esse anúncio é antigo. O marido já deve ter chegado da fazenda.

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*Nota mental: Quando eu tiver namorada/esposa e estiver viajando, olhar os classificados dos dias que estive fora.
¬¬

O Livro das Respostas (?)



"O monge, teólogo e filósofo Anselm Grün não trata, neste livro, de perguntas fictícias, mas sim das "perguntas-mestras" referentes a todos os grandes temas da vida. São perguntas para as quais as ciências, por mais especializadas, não possuem respostas tecnicamente seguras. Apesar disso, são perguntas que nos incomodam, que não nos deixam em paz, que nos desafiam a continuar buscando respostas sempre mais profundas, que nos mostrem o sentido do que somos, do que fazemos, que nos dão razões para viver e nos ajudam a compreender o mundo e nossa existência nesta vida. Tornar um espaço de silêncio. O controle da comunicação é um dos caminhos do poder. No entanto, esse poder da mídia não é ilimitado. A comunicação interpessoal é um contrafluxo de informações no cotidiano - o diálogo é o contraponto do poder ."

********************************

Este livro singular eu vi pela primeira vez na Leitura, aquela livraria do shopping. Achei um bocado curioso, ainda mais pelo modesto resumo que ele trazia.
Olha, não sei quem é esse Anselm Grun, nem nunca li nada dele. Mas tenho que reconhecer que o cara é cuiudo, ein!

Pô, ter as moral de dizer que responde às "perguntas-mestras" referentes a todos os grandes temas da vida, não é para qualquer um! E olha que diversas civilizações, por séculos - ou mesmo milênios - teorizaram, criaram correntes filósoficas, religiões, doutrinas, dogmas e o caraio a quatro, enfim, basearam toda sua cultura em torno das tais questões que nos mostrem o sentido do que somos. E agora me vem esse cara dizendo que responde tudo isso por R$24,90 !
Uaaaau!

O que está esperando? Pare de se amargurar com questões existenciais mundanas, atinja a plenitude do conhecimento com O Livro das Respostas!

¬¬
É bem fácil escrever um livro desses. Você pega as questões fundamentais sobre nossa existência, as quais nenhuma civilização conseguiu responder plenamente, e as responde! Oras, se ninguém mais sabe as respostas, ninguém vai reclamar que alguma delas esteja errada!

Monge, teólogo, filósofo e malandrão!

Rááááá!

\o/

Dancem, Macacos!




É... Um tipo de filme que te deixa com aquela cara de bunda, olhando para um ponto qualquer pensando em como nós, humanos, somos ruins.


Bem, na verdade não somos nada bons...


Mas o fato é que, se não tivessemos a auto-consciência, ou nos questionassemos sobre o universo e tudo mais, e se sobre estas questões nãos criássemos soluções para mudar o ambiente às nossas condições... Enfim, se não fizessemos desse jeito, como se poderia sobreviver?


Leõs têm dentes afiados. Gorilas são grandes e fortes. Macacos são ágeis. E nós temos dedos opositores e a maldição da auto-consciência.


Oras... Usemos o que temos.


O grande trunfo do ser humano é ser imune à seleção natural. O ambiente não define qual característica da espécie será mantida. Nós definimos no ambiente o que queremos.


Foi assim que nós, meros macacos pelados, sobrevivemos.


Tudo bem, matar uns aos outros, explodir bombas e tudo mais não é legal.


Também é um desperdício de potencial ficar questionando o inquestionável e procurando motivos para ser feliz.


Aí está o defeito, o que atrapalha a nossa sobrevivência, por que a torna mais amagurante, é frearmos a felicidade. Ou deixar que coisas a freiem.


É... ficar ensebando em cima de crises existenciais, que definitivamente não se resolverão pelo fato de você pensar nelas, é desperdiçar uma capacidade intelectual adquirida à custa de milhões de anos de evolução.



E a propósito, não acho que raspar pêlos do corpo seja apenas uma ostensiva tentativa de negar sua origem animalesca. Talvez seja. Mas também uma atitude de higiene e estética bem louvável, eu diria.


Pêlos... ugh!


Começando esse baguio muito lôco

Ahhh... a modernidade!
Escrever em diário suas idéias particulares para que ninguém veja, é coisa do passado!
Agora o lance é explicitar tudo em uma rede mundial para que todos vejam, reflitam e comentem!
Sim, o comentário é uma parte importante!
Afinal se você forma opnião de algo, deve comentar! É sua obrigação!
Pois eu preciso de comentários!
É vitaaaal!
Uma necessidade estranha e moderna de julgamento alheio.
Ainda bem que não sou só eu que tenho isso.
Afinal você coloca suas fotos no orkut e o enche de firula a troco de nada?
aaaah!
Pra cima de mim não!

=*

cuidem-se!

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