Ponte, ponto e vírgula



.aponta a ponta do baseado (de fatos reais)
.aponto o ponto direto
.pondo os pingos em cima dos is (os pingos são pontos)
.ao ponto de ser estúpido
.minha ponta de costela só no ponto
.não quero mais ir ao ponto de ônibus
.eventualmente ao ponto de taxi
.nem mais perturbarei os pontos das putas
.persigo somente o ponto gê
.para rápido deixar em ponto de bala
.o ponto de partida não volta
.há tempos não há ponto de referência
.não há ponto de encontro nem point
.alguma fuga no ponto da tela
.só bato ponto
.no ponto de venda de quinquilharia e pontilhismo
.não tenho pontaria para ir direto ao ponto
.alguns apontadores não apontam porra nenhuma
.pontos costurados na cara à tapa
.pontoação inerte inútil
.ponto de interrogação sempre presente e não pressente
.ponto de exclamação a gente não aprende
.dois pontos: dentro do garrafão e um em cima do outro
.longe da cesta e do sábado e das coisas
.reticências... três pontos
.pontualmente perdido
.não te encontro tal hora em ponto
.ponto com ponto quem?
.freqüentemente tem dois pontos em cima do u, trema
.roque no ponto eletrônico no ouvido
.o carro e os olhos têm muitos pontos cegos
.geometria euclidiana: o ponto é uma crença metafísica
.um monte de pontos grudados formam uma reta ...................._______________
.o ponto do computador é um quadrado pequeno ó: .
.o ponto é o marido da ponta
.um ponto pode ser do tamanho do mundo
.tudo é ponto de vista
.e ponto final

Por Honorável Medidor de Luz

Crônicas Testosterônicas - Romantismo Mastodôntico



Gabi estava radiante em felicidade. Enfim se entendera novamente com Edu, seu namorado. Juntos assistiam à um belíssimo pôr-do-sol.

Sentados na grama verdejante, com os braços dele em torno de seu corpo, as mãos a afagar seus cabelos louros. No ar pairava o delicioso aroma de flores silvestres, enquanto o sol desaparecia no horizonte sob a inebriante luz sutil do crepúsculo.

A moça aconchegou-se no abraço de seu amado. Com um sorriso dengoso indagou ao namorado:

- Não está lindo este pôr-do-sol, amor?

- Você acha? Ué... para mim está exatamente igual ao de todos os outros dias.

Resoluções de um vilão inteligente - Parte I



Seja em mundo futurista, tecnológico ou medieval, seguirei algumas resoluções básicas quando me tornar um vilão e quiser dominar o mundo.

Para começar os soldados do meu Exército do Mal terão capacetes com visores de acrílico, e não placas tampando o campo de visão.

Os dutos de ventilação da minha base serão pequenos demais para alguém rastejar por eles.

O Artefato que é a fonte de meu poder não será mantido na Montanha do Desespero, além da Floresta Fantasma, guardado pelos Dragões da Eternidade que só podem ser derrotados com a Espada de Ulalá. Será mantido em uma caixa forte convencional. Um banco de custódia, talvez. Isso também se aplica ao objeto que é minha única fraqueza.

Quando tiver capturado meu adversário e ele disser "Olhe, antes de me matar, pelo menos me conte sobre o que você planeja fazer." Não verei problema em dizer "não" e atirar nele. Pensando bem, vou atirar nele e depois dizer "não". E o herói também não terá direito a um último beijo, último cigarro ou qualquer tipo de último pedido.

Irei manter um estoque especial de armas de baixa tecnologia e treinar minhas tropas em seu uso. Assim, mesmo que os heróis consigam destruir meu gerador de energia e/ou desativar as armas de energia padrão, minhas tropas não serão sobrepujadas por um bando de selvagens armados com lanças e pedras. A propósito, não há nada de errado em usar armas de fogo.

Não importa o quão bem funcione. Jamais irei construir qualquer tipo de equipamento que seja completamente indestrutível exceto por um pequeno e virtualmente inacessível ponto vulnerável.

Meu monstro de estimação será mantido em uma jaula bem segura, da qual ele não poderá escapar e na qual não poderei cair por acidente. Ele também será tratado com respeito e ternura. Assim, se perder o controle sobre ele, não virá imediatamente atrás de mim por vingança.

Não irei prender membros do mesmo grupo no mesmo bloco da masmorra. Muito menos na mesma cela! Se são prisioneiros importantes, irei manter a única chave da cela comigo, ao invés de deixar uma cópia com cada guarda do destacamento da prisão. Para garantir, quando capturar o herói, terei certeza de também capturar seu cachorro, macaco, furão, mafagafo ou qualquer outro bichinho bonitinho de dar nojo, capaz de desamarrar cordas e roubar chaves, que por acaso ele tenha como mascote.

Quando meu tenente de confiança disser que meu Exército do Mal está perdendo uma batalha, eu acreditarei nele. Afinal, ele é meu tenente de confiança.

Se um inimigo que acabei de matar tem irmãos ou filhos em algum lugar, irei encontrá-los e executá-los imediatamente, ao invés de esperar que cresçam nutrindo sentimentos de vingança e ódio contra mim.

Se a linda princesa que capturei disser "Nunca irei me casar com você! Nunca! Está ouvindo? Nunca!", eu direi: "Tudo bem." E a executarei.

Não farei uma barganha com uma criatura demoníaca e depois tentarei desfazê-la apenas para mostrar que sou mal e sem caráter. Afinal é uma criatura demoníaca.

Meu exército do Mal será treinado em tiro básico. Qualquer um que não consiga aprender a acertar algo do tamanho de um homem a 10 metros de distância, será usado como alvo.

Antes de utilizar qualquer tipo de artefato ou máquina potencialmente perigosa, irei ler cuidadosamente o manual de instruções.

Se for necessário fugir, não irei parar para fazer uma pose dramática e dizer uma frase profunda.

E se meus conselheiros perguntarem "Por que está arriscando tudo nesse plano louco?" Não irei prosseguir até ter uma resposta que os satisfaça.

Ctrl+Cado e adaptado de um tópico no Fórum Pan Box.

 
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